Orientação de Precisão - O que é?

Integrada no quadro de disciplinas da IOF (Federação Internacional de Orientação) em 1980, a Orientação de Precisão baseia os seus objectivos enquanto modalidade desportiva na capacidade de leitura e interpretação de um mapa.

Originalmente desenvolvida a partir da Orientação Pedestre, a Orientação de Precisão é uma variante da modalidade onde os atletas se deslocam apenas pelos caminhos, daí a designação internacional de Trail-O, e resolvem problemas sobre a colocação de balizas em elementos no terreno.

Desta forma, a capacidade física é secundarizada, o que permite a participação, em igualdade de circunstâncias, de atletas sem limitações e outros com limitações motoras muito significativas.

A Orientação de Precisão é um dos poucos desportos onde esta igualdade é possível.

Muitos orientistas experientes praticam Orientação de Precisão porque permite o desenvolvimento das capacidades de leitura do mapa e de análise do terreno, mas sobretudo devido à atracção pelo desafio intelectual que a disciplina oferece.

Apesar das capacidades físicas estarem ausentes desta disciplina, ela decorre na natureza ao longo de um determinado percurso em terreno que nem sempre é plano. Como tal, algum esforço físico é necessário para cumprir o percurso, sendo, no entanto, fornecida ajuda a quem se desloque em cadeiras de rodas e o solicite.

Uma das características da Orientação, e em particular da Orientação de Precisão,é o facto de não excluir participantes. Indivíduos de todas as idades, elites ou amadores, juntam-se para praticar Orientação.

Qualquer indivíduo que saiba ler e interpretar um mapa pode participar numa actividade de Orientação de Precisão, seja qual for o seu modo de locomoção, incluindo cadeira de rodas manual ou eléctrica.

Material

O material necessário para a prática desta modalidade consiste num mapa, num cartão de controlo e numa bússola (opcional).

Os mapas utilizados são os da Orientação comum, com as mesmas cores e a mesma simbologia.

A prova

No mapa está assinalado o percurso a seguir e estão definidos pontos de controlo.

Em cada um destes pontos estão dispostas no terreno duas a cinco balizas.

De acordo com a correspondência do mapa ao terreno e com a descrição dos pontos explícita no mapa, através de sinalética, o atleta terá de optar pela baliza que está marcada no mapa.

Após a tomada de decisão, regista-se no cartão de controlo a opção.

Quem escolhe a baliza correcta é pontuado com um ponto.

Continua-se da mesma forma de ponto em ponto e, no final, o atleta com maior número de pontos é o vencedor.

Apesar da competição não ter a ver com quem completa a prova em menos tempo, mas sim com quem consegue interpretar melhor o mapa, um ou mais pontos podem ser cronometrados. Isto serve para medir a rapidez de decisão e funciona, no final, como factor de desempate. No caso de haver concorrentes com igual número de pontos, vence aquele que deu a resposta acertada, no ponto cronometrado, no mais curto espaço de tempo.